Resumo

Se quisermos, como exige a atual discussão didática, consolidar ainda mais as figuras do pensamento didático da época do “Movimento Pós-Renovação”, que se manifestam numa concepção didática aberta à experiência e crítico-emancipatória, então precisamos considerar como os futuros professores de Educação Física podem ser qualificados para isso. Este não é um processo fácil porque os alunos de Educação Física iniciam seus estudos com um conceito que lhes é familiar, o conceito de esporte. Este conceito desportivo caracteriza-se pelo “fechamento” de conteúdos, metodologia e um “fechamento” institucional. Este ensaio apresenta uma estratégia didática de como os futuros professores de Educação Física podem ser estimulados a se “abrirem” a novas formas de pensar como parte de seus estudos. Propõe-se uma abordagem etnográfica, na qual pretendemos aprender a questionar o “familiar”, o “autoevidente”. Os métodos de "estranheza" são adequados para isso. Apresentamos 5 passos que podem levar os alunos a aprenderem a distanciar-se do “familiar”, do conceito desportivo biograficamente incorporado. Entendemos que somente quando esse distanciamento for bem-sucedido, conforme a hipótese, os alunos poderão estruturar ideias didáticas da era do “Movimento Pós-Renovação” e planejar e implementar aulas de educação física abertas à experiência.

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