Fatores associados ao comportamento sedentário em adultos e idosos de um município de pequeno porte.
Por Mateus Carmo Santos (Autor), Alenice Aliane Fonseca (Autor), Fernanda Muniz Vieira (Autor), Berta Leni Costa Cardoso (Autor), Josiane Santos Brant Rocha (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
O comportamento sedentário é reconhecido como um fator de risco para o desenvolvimento de diversas doenças. Esse comportamento tende a ser influenciado por determinantes sociodemográficos e comportamentais. Em municípios de pequeno porte, observa-se que a presença de condições socioeconômicas desfavoráveis que podem impactar negativamente, embora essa relação não seja absoluta e deva ser analisada com cautela. OBJETIVO: Analisar fatores associados ao comportamento sedentário em adultos e idosos de um município de pequeno porte. MÉTODOS: Estudo transversal realizado em um município do interior do Norte de Minas Gerais. A amostra foi composta por adultos e idosos (≥ 18 anos), selecionados aleatoriamente entre usuários das seis Unidades Básicas de Saúde existentes. O tempo sentado foi mensurado por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ, versão curta), analisado em minutos por dia e categorizado em dois grupos com base na mediana da distribuição (≤197 min/dia e >197 min/dia), sendo este último o desfecho de interesse. As variáveis independentes incluíram sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade, estado civil, renda per capita, tabagismo, etilismo, consumo de frutas e verduras e nível de atividade física. A associação entre as variáveis foi verificada por meio de regressão de Poisson com variância robusta, estimando-se razões de prevalência (RP) e intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS: Participaram 357 indivíduos, com média de idade de 44 anos (±16). Indivíduos de 40 a 59 anos (RP=0,66; IC95%: 0,50-0,87), 60 anos ou mais (RP=0,60; IC95%: 0,41-0,88) e com menor renda (RP=0,61; IC95%: 0,46-0,82) apresentaram menor prevalência de comportamento sedentário. Ser ex-fumante apresentou maior prevalência do desfecho (RP=1,58; IC95%: 1,13-2,23). CONCLUSÃO: Os achados indicam que idade, renda e histórico de tabagismo estão associados ao comportamento sedentário, evidenciando a importância de políticas públicas e estratégias locais que considerem essas variáveis na promoção da saúde em contextos de vulnerabilidade social.