Resumo

A atividade física (AF) durante o tratamento oncológico pediátrico proporciona benefícios à saúde de pacientes. No entanto, diferentes fatores podem facilitar ou dificultar essa prática. Objetivo: Verificar a associação entre os fatores sociodemográficos e ambientais e a prática de atividade física de lazer e deslocamento (AFL-AFD) de pacientes pediátricos oncológicos e de seus pais. Métodos: Estudo transversal em parceria entre Universidade e Centro Oncológico Infantil de Referência. Participaram pacientes jovens (10-19 anos), diagnosticados com câncer e em qualquer fase do tratamento, além do pai ou da mãe. Os participantes responderam a questões sociodemográficas e socioeconômicas, um questionário de AF habitual e a escala ambiental para jovens, por meio de contato telefônico ou presencial. Foram utilizados estatística descritiva, teste t de Student e o teste qui-quadrado de Pearson, regressão de Poisson, Teste exato de Fisher e índice Kappa e o valor de p adotado foi < 0,05. Teste exato de Fisher e índice Kappa (k) foram utilizados para verificar possíveis associações e concordâncias entre adolescentes e pais, com valor de p < 0,05. Resultados: Participaram 40 pacientes (14,7 ± 2,7 anos de idade; 62,5% meninos), sendo a maioria diagnosticados com Leucemia (40%), e 40 pais (43,08 ± 7,67 anos de idade; 73% mulheres), 63% de etnia branca e 50% com nível socioeconômico C1/C2/D-E. A média de AFL-AFD dos pacientes foi de 286,7 ± 238,6 min/sem e dos pais foi de 50,8 ± 99,7 min/sem. Não houve associação entre fatores sociodemográficos, AF dos pais e AFL-AFD dos pacientes (p > 0,05). Houve associação negativa entre AFL-AFD e instalações recreativas (p = 0,04), e associação positiva para maior segurança na vizinhança (p = 0,02). Conclusão: Não houve associação entre fatores sociodemográficos e AFL AFD em pacientes pediátricos e dos seus pais. Maior segurança na vizinhança foi associada a essa prática.

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