Fundamentos fisiológicos para recomendar alterações nas diretrizes de atividade física.

A rápida redução do risco de mortalidade à medida que as pessoas se tornam mais ativas é conhecida há algum tempo. Embora a mensagem de saúde pública seja clara (ou seja, qualquer atividade física [AF] é melhor do que nenhuma atividade física), ainda não existe uma explicação satisfatória sobre por que essa queda tão rápida na mortalidade ocorre. Sem uma explicação, continua difícil oferecer orientações específicas sobre o que as pessoas sedentárias devem fazer para otimizar sua saúde.

Resultados de pesquisas nas áreas de fisiologia do exercício e fisiologia da inatividade mostram por que ainda há uma falta de compreensão sobre a importância do exercício regular e de se tornar fisicamente ativo. Esses achados também indicam como novos conhecimentos podem modificar as atuais diretrizes de atividade física.

Para pessoas sedentárias, ser menos inativo é mais importante do que ser mais ativo. Pessoas ativas também podem reduzir seus períodos de inatividade e obter benefícios adicionais para a saúde. Adultos que realizam exercícios aeróbicos vigorosos e de força alcançam benefícios ainda maiores.

Não devem passar mais de dois dias entre as sessões de exercício, a fim de:

melhorar a sensibilidade à insulina e a tolerância à glicose;

ativar enzimas musculares, como a lipoproteína lipase, para reduzir a lipemia pós-prandial (a elevação de gorduras no sangue após as refeições).

Idosos devem realizar mais exercícios de força para minimizar os efeitos do envelhecimento sobre a sarcopenia (perda de massa muscular).

A percepção subjetiva de esforço é uma forma simples e útil de prescrever exercícios.
Tanto ser menos inativo quanto ser mais ativo são aspectos importantes do estilo de vida, e ambos devem ser promovidos para todas as faixas etárias.

 

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