Editora Elcio Loureiro Cornelsen. Brasil 2022. 120 páginas.

Sobre

No ano de 2011, Leda Maria da Costa1 publicou um artigo defendendo a tese de que teria sido “justamente em Letras que, na década de 1960, realizaram-se estudos pioneiros sobre esporte” no país. Os precursores deste movimento, segundo ela, teriam sido Luiz César Feijó e Maria Fernandez, que, entre 1965 e 1974, problematizaram, respectivamente, quais os diferentes tipos de linguagem presentes no futebol, ou como o futebol poderia ser lido como um “fenômeno linguístico” no Brasil2. Poucos anos mais tarde, nos conta ainda Leda Maria da Costa3, seria a vez dos estudos da literatura entrarem em cena, com a pioneira Tese de Doutorado de Ivan Cavalcanti Proença, publicada em formato de livro no ano de 1981 sob o título de Futebol e palavra4. Partindo da premissa de que “os livros sobre futebol” no país eram escassos – algo, aliás, também já assinalado pelo jornalista Milton Pedrosa5 na introdução de sua antologia literária do futebol brasileiro publicada em 1967 –, e que, nesse sentido, suas fontes de pesquisa, como doutorando em Letras, também eram limitadas, Ivan Cavalcanti Proença “elevou” as crônicas, as reportagens e os “comentários em páginas esportivas dos jornais”, as conversas entre jogadores, treinadores e torcedores, à condição de textos literários populares. 

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