Resumo

A insatisfação corporal é um fenômeno complexo que afeta a saúde mental e o bem-estar, sendo influenciado por fatores sociais, culturais e pessoais. Objetivos: Analisar a insatisfação corporal no contexto universitário, identificando os fatores que moldam a percepção da autoimagem e suas implicações para a saúde mental dos estudantes. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura baseada na análise de livros, artigos e publicações indexadas em bases de dados como SciELO, PubMed, Medline e Google Acadêmico. A seleção seguiu critérios de relevância para a temática no Brasil, priorizando estudos sobre insatisfação corporal em jovens universitários, transtorno dismórfico corporal (TDC) e percepção da imagem corporal. A produção textual foi estruturada em dois eixos: o primeiro aborda a prevalência e os fatores determinantes da insatisfação corporal; enquanto o segundo discute a transição para quadros mais graves, como o TDC, analisando fatores de risco e estratégias de intervenção e prevenção. Resultados e discussão: A crescente insatisfação corporal, influenciada por fatores como mídia, redes sociais e padrões estéticos, impacta a saúde mental, especialmente entre universitários. Estudos indicam que mulheres, principalmente as jovens e com sobrepeso, são mais propensas à distorção da imagem corporal, com implicações em distúrbios alimentares e transtornos psicológicos. A pandemia intensificou o uso de redes sociais, exacerbando esses problemas. Conclusão: A insatisfação corporal entre jovens universitários é um problema crescente, afetando saúde mental e desempenho acadêmico. Intervenções holísticas e multidisciplinares são essenciais para promover bem-estar físico e mental.

Referências

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