Resumo

O obejtivo deste estudo foi caracterizar o perfil dos deslocamentos e da condição física (CF) dos atletas de futsal, e as relações com o lactato sangüíneo de partida. Cinqüenta sujeitos de três diferentes níveis de campeonato (nacional, regional e local) e das diferentes posições (fixo, ala e pivô) foram submetidos aos seguintes testes de corrida: a) 5 x 30 m com 1 min de descanso, para determinar a capacidade anaeróbica alática e b) 3 x 1200 m progressivo para determinar o limiar de lactato referente a 4 mM (V4). Foi realizada filmagem e através de videoteipe determinado os deslocamentos, obtido através da posição do jogador a cada segundo na partida, e as participações com bola. No final do 1º e 2º período e nas substituições durante a partida foram realizadas coletas de sangue de lóbulo da orelha. Nos testes de condição física os resultados foram: tempo nos 30m (T30) 4,30 ± 0,15 s e lactato (L30) 7,5 ± 1,7 mM; e V4 215 ± 23 m/min. Durante a partida os jogadores percorreram a distância de 2575 ± 1583 m, na velocidade média de 94,5 ± 8,6 m/min, realizaram participações com bola a cada 29 s e o lactato sangüíneo (LPart) foi de 5,4 ± 2,0 mM. Através do teste de regressão de "stepwise", alta correlação entre o LPart e a variável de CF ( r = 0,71, p < 0,05), o mesmo não acontecendo em relação as variáveis de deslocamento e participações com bola. Esses resultados demonstram que o lactato sangüíneo em partida de futsal é melhor explicado pelo estado de condição física dos atletas do que pelo desempenho em partida.

Acessar