Lazer como construção identitária: possibilidades por meio do kemetic yoga
Por Diênifer Monique da Conceição (Autor), Karoline Hachler Ricardo (Autor), André Luiz dos Santos Silva (Autor), Elisandro Schultz Wittizorecki (Autor), Raquel da Silveira (Autor).
Resumo
Este ensaio teórico pretende debater o lazer como construção identitária, apresentando o Kemetic Yoga como possibilidade. Compreendemos que o lazer não está inerte nas movimentações constantes da realidade. O racismo e outras opressões estão intrínsecos em suas dimensões, manifestações e usos. Assim, “pensar o lazer implica em pensar sua origem, suas relações e de que forma é dimensionado nas sociedades” (Barbosa; Silva, 2011, p. 2). Embora diferentes perspectivas concorram no debate, é notável a hegemonia de processos conservadores nas formas de pensar e agir o lazer, aproximando-o das ideias de trabalho, mercado, e indústria cultural (Stigger; Myskiw, 2015). Destacamos nosso posicionamento político na contramão de uma postura etnocêntrica, e buscamos, a partir de realidades outras, espremer um conceito dicotômico do lazer, que invisibiliza outras pluralidades com valores, modos de pensar e agir (r)existindo aos mecanismos sociais excludentes.