Resumo

A resistência aeróbica está relacionada com a capacidade de realizar um esforço físico por um período de tempo prolongado. O aprimoramento do componente aeróbico pode ser obtido através de um programa de exercício físico (PEF) que inclua atividades aeróbicas. Entretanto, a literatura carece de recomendações específicas para a prática de exercícios físicos por indivíduos com multimorbidade. OBJETIVO: Avaliar se um PEF baseado na Educação Física Terapêutica melhorou a resistência aeróbica de uma paciente com multimorbidade. MÉTODOS: Este trabalho é um estudo de caso exploratório, acerca de uma paciente de um hospital universitário do Rio de janeiro, com 46 anos de idade que apresenta o seguinte quadro clínico: transplante de fígado devido a cirrose criptogênica, imunossupressão, esteatose hepática, obesidade, diabetes mellitus tipo 2, anemia provavelmente secundária às medicações, doença do refluxo gastroesofágico e rinossinusite alérgica. A resistência aeróbica foi avaliada através do teste marcha estacionária durante 2 minutos, no qual é contabilizado o número de elevações do membro inferior (MI) direito durante o tempo do teste, antes e após 3 meses de participação no PEF. As aulas tinham duração de 1 hora e eram realizadas 2 dias por semana, sendo constituída por exercícios de aquecimento, aeróbico, resistido, alongamento, equilíbrio e volta a calma. Os exercícios aeróbicos envolviam caminhada e atividades de dupla tarefa. A intensidade foi de leve a moderada (97 – 122 bpm), monitorada através da aferição da frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA) e escala de percepção subjetiva de esforço (Borg). Resultados: Os resultados obtidos no teste de marcha estacionária, assim como os valores de FC e PA aferidos antes (repouso) e após o teste (AT) são apresentados na tabela abaixo. A paciente aumentou o número de repetições na 2ª avaliação o que indica melhora na resistência aeróbica após 3 meses de PEF.