Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista: uma revisão sistemática sobre educação física escolar
Por Luciano Nascimento Corsino (Autor), Danieri Ribeiro da Rocha (Autor).
Resumo
Este estudo amplia a discussão sobre o ensino de história e cultura afro-brasileira e a educação para as relações étnico-raciais (ERER) na educação física escolar (EFE), analisando a emergência do antirracismo na produção acadêmica da pós-graduação brasileira, apresenta a seguinte pergunta de pesquisa: Como o conceito de antirracismo está inserido no campo da EFE a partir dos programas de pós-graduação brasileiros? A pesquisa segue uma Revisão Sistemática de Literatura (RSL) com inspiração no protocolo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). A busca foi realizada no Catálogo de Teses e Dissertações (CAT) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), dos 218 trabalhos encontrados, foram excluídos os duplicados, os que não tinham aderência ao tema e os que não estavam disponíveis para download, restando 4 dissertações para análise. Para interpretar e sintetizar os dados, utilizamos a análise de conteúdo comparada com apoio de gráficos e tabelas, permitindo avaliar diferentes abordagens do antirracismo na EFE e construir a redação da revisão. Os resultados indicam crescimento nas pesquisas sobre ERER e EFE nos ultimos anos. Como contribuição, são apontados seis pilares para uma EFE antirracista: Feminismo Negro, Educação Quilombola, Educação Decolonial, Justiça Social, Equidade Racial e a implementação da Lei 10.639/03. O estudo destaca a relevância de currículos e práticas pedagógicas voltadas para a promoção da equidade racial, enfatizando a potência da incorporação do conceito de antirracismo na investigação em EFE.