Resumo

O transplante de órgão, quando aplicável diante do estadiamento da doença, é via de tratamento no intuito de se tentar melhorar a qualidade de vida de pessoas acometidas por tal cronicidade. Neste sentido, a atividade física, quando possível, é consideravelmente indicada nesse processo. Objetivo: Identificar o nível de atividade física dos pacientes transplantados renais, bem como o escore de cada domínio de qualidade de vida. Materiais e Métodos: 17 transplantados renais, cujos transplantes ocorreram em Blumenau - Santa Catarina, que realizavam ou não atividade física, de ambos os gêneros. Para tanto, foi utilizado para coleta de dados o Questionário de Qualidade de Vida SF-36 e Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Resultados: Os resultados mostraram que o único domínio com um percentual acima de 80% foi o da capacidade funcional. Os domínios limitações por aspectos físicos; limitações por aspectos emocionais; e estado geral da saúde apresentaram escores baixos. Os domínios vitalidade, aspectos emocionais, aspectos sociais e dor apresentam escores relativamente bons. De acordo com o IPAQ, observa-se que 65% dos entrevistados foram considerados ativos. Nenhum transplantado foi considerado muito ativo. Ao se somar os irregularmente ativos e sedentários tem-se uma porcentagem de 36%. Conclusão: Os sujeitos da pesquisa passam muitas horas sentados durante a semana e nos finais de semana. Apesar da maioria ter sido considerada ativa, a pesquisa demonstrou que os sujeitos precisam acrescentar atividades moderadas e vigorosas em suas rotinas. De maneira geral, observa-se correlação positiva entre a qualidade de vida e o nível de atividade física.