O processo identitário atlético e as relações intergeracionais de atletas olímpicas brasileiras de ginástica rítmica
Por Joice Mara Facco Stefanello (Autor), Mariana Boneli Vieira (Autor).
Em IV Congresso Internacional de Pedagogia de Esporte - CONIPE
Resumo
A formação de identidade e aprendizagem no esporte ocorrem de maneira gradual e individual, considerando elementos que derivam de todos os aspectos da vida da pessoa. As relações no meio esportivo podem influenciar atletas na formação e revisão de suas identidades. Ambientes que cultivam as relações intergeracionais permitem a convivência com múltiplos exemplos e diferentes identidades que flutuam entre as atletas. Na ginástica rítmica as equipes costumam treinar em ginásios que englobam diferentes gerações, mesmo que em diferentes turmas, o que permite relações intergeracionais. Objetivo: Analisar como as relações intergeracionais influenciaram na formação de identidade e aprendizagem de atletas olímpicas brasileiras de ginástica rítmica. Metodologia: Realizou-se um estudo de abordagem qualitativa e caráter descritivo, por meio de entrevistas semiestruturadas. Participaram onze atletas olímpicas brasileiras de ginástica rítmica de diferentes gerações, selecionadas mediante representatividade geracional e de provas (individual e conjunto). As regiões contempladas foram: Sul, Sudeste, Nordeste e Norte. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos (parecer n° 55541522.3.0000.0102). Todas as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido. Resultados: As participantes relataram a observação de ginastas mais velhas como forma de absorção de aprendizado. Destacase a aprendizagem vicária, como recurso de formação de identidade, incorporação de atitudes, seja na forma de executar determinados movimentos, ou na forma de agir e de ser atleta. O suporte na definição da identidade atlética, seus valores e direções na carreira. Conclusões: O processo identitário atlético fala sobre tempo de construção e desconstrução de identidade de pessoas em um meio extremamente dinâmico como o esporte, as relações intergeracionais facilitaram a observação dos comportamentos e formas de ser ginasta, assim fizeram as ginastas afirmarem suas identidades atléticas perante a sociedade, pautadas nas vivências e exemplos das ginastas mais velhas, com modelos constantemente revisados e alterados.