Resumo

: A oposição é uma ação intrínseca na dinâmica da luta e especificamente no judô ela se expressa por meio de ações como impedir/repelir o domínio da pegada, a aproximação e a aplicação do golpe do oponente. Objetivo: Propor uma escala de percepção subjetiva de oposição para o ensino do judô. Metodologia: De cunho qualitativo, do tipo propositivo, aplicou-se uma atividade-teste, durante duas aulas com adolescentes praticantes de judô. A atividade- teste consistiu em lutas simuladas com definição daquele que aplica o golpe (tori) e daquele que recebe o golpe (uke), a este último era orientado níveis de oposição que deveriam ser feitos, que variavam de 1 a 10, sendo 10 com o máximo de oposição e 1 com o menor nível de oposição. Após aplicação, foi realizado uma entrevista, no formato de roda de conversa e levantado as impressões dos alunos com relação aos diferentes níveis de oposição durante a luta. Os dados foram inferidos segundo a Análise de Conteúdo. Resultados: Foram criadas três categorias de discussão, a saber: 1- Ações possíveis com baixa oposição; 2-Ações possíveis com alta oposição; 3-Ações possíveis com média oposição. Nas três categorias os discentes pontuaram diversas ações que podem ser realizadas de acordo ao nível de oposição, por exemplo, esquiva do golpe, manter os braços estendidos, repelir o adversário, oportunidade de experimentação, intensidade da luta e dentre outras. Conclusão: Propomos a partir da Percepção subjetiva de esforço uma escala de Percepção subjetiva de oposição (PSO), no qual os níveis variam de 1 a 10. Entendemos que a PSO sugerida pode contribuir para o desenvolvimento do processo de ensino, aprendizagem e treinamento do judô, visto que estimula diferentes aspectos da compreensão da luta, a criação de estratégias conforme o constrangimento oferecido e melhoria da consciência corporal.

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