Perfil de hábitos de vida e fatores de risco para doenças crônicas de mulheres e homens interessados em participar do projeto "Correndo com Ciência - UFMT".
Por Daniel Morais Teodoro (Autor), Aline Cristina Borges Pereira (Autor), Matheus Felipe da Silva Pereira (Autor), Ana Paula da Silva Azevedo (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
A inatividade física é um desafio da saúde pública atual, contribuindo para doenças como obesidade, diabetes e cardiovasculares. A corrida destaca-se como prática acessível e eficaz na promoção da saúde, e, portanto, pode atrair inúmeras pessoas que buscam prevenir ou combater doenças. O projeto de extensão "Correndo Com Ciência", da UFMT, oferece treinamento supervisionado com base científica, promovendo prática segura e adesão a hábitos saudáveis. Atendendo comunidade interna e externa da universidade, reforçando a corrida como ferramenta de prevenção e enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dessa forma, é possível que os interessados apresentem contexto favorável à presença de DCNTs e busque no projeto uma alternativa para lidar com tal cenário. O objetivo deste estudo é apresentar as características dos interessados em participar do projeto e seus respectivos estilos de vida, buscando perceber se o interesse no projeto pode estar associado à prevenção e combate a fatores de riscos em doenças crônicas. Participaram 120 indivíduos interessados em participar do programa "Correndo com Ciência", durante os anos de 2023 e 2024. Baseando-se em 3 ações principais: avaliação periódica, treinamento de corrida, e orientação sobre a prática. Os dados foram coletados através de questionário eletrônico. Dos interessados, 70% são mulheres e 30% são homens. A maioria das mulheres não fuma (93%), já pratica atividade física (81%), possui alimentação balanceada (87%), e não possui patologias metabólicas (82%) ou doenças cardíacas (95%). Quanto aos homens, 92% não fumam,72% praticam atividade física (72%), 81% têm alimentação balanceada, 86% não possuem doença metabólica e 97% não possuem doença cardíaca. Conclui-se que os interessados no "Correndo com Ciência" como um todo (majoritariamente feminino) apresenta em sua maioria um estilo de vida saudável e poucos fatores de risco independentemente do sexo. Sendo assim, é possível que a procura pelo projeto se dê por outras razões.