Resumo

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em pessoas idosas. O Modelo de Carga e Capacidade Metabólica (mCCM), razão entre massa gorda (MG) e massa muscular (MM), é uma nova abordagem para avaliar a composição corporal e o risco cardiovascular. Entretanto, a relação entre prática de atividade física no lazer e mCCM ainda é pouco conhecida nessa população. OBJETIVO: Explorar associações entre prática de atividade física no lazer e fenótipo anormal do mCCM em pessoas idosas. MÉTODOS: Análise transversal com pessoas entre 60-80 anos residentes em Natal/RN. Foram coletadas variáveis sociodemográficas e clínicas. A prática de atividade física no lazer foi autorreportada. O índice do mCCM foi avaliado usando dados da Absorciometria de Raios-X de Dupla Energia (DXA): razão entre MG e massa livre de gordura (MLG). Fenótipo anormal: valores normativos do NHANES, considerando sexo, idade e índice de massa corporal. Análise de dados: regressão logística. RESULTADOS: Foram incluídos 407 participantes (mulheres: 73,7%; pele branca: 42,3%; idade: 67,1 ± 4,7 anos; ensino superior: 25,1%; nunca fumou: 60%; consumo elevado de álcool: 13%; sobrepeso/obesidade: 74,2%; síndrome metabólica: 47,5%; tempo sedentário: 7,4 ± 3,9 h/dia; prática de atividade física no lazer: 58,5%). A prevalência do fenótipo anormal do mCCM foi de 15,5%. Na análise ajustada, praticar atividade física no lazer se associou com menor odds de apresentar fenótipo anormal do mCCM (OR=0,49; 95% IC: 0,27-0,88). CONCLUSÃO: Entre pessoas idosas, praticar atividade física no lazer se associou com menor chance de apresentar fenótipo anormal do mCCM.

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