Resumo

Este trabalho descreve como a privatização do Centro Esportivo de Brasília é fruto de uma proposital precarização da localidade liderada pelo Estado visando a sua futura precarização. Em caráter introdutório, o Centro Esportivo é um bem que foi socialmente produzido pelos impostos da população do Distrito Federal. Contudo, conforme revela Engels (1977, p.43) acerca de uma das contradições fundamentais do modo de produção capitalista, seu modus operandi de usurpação da riqueza produzida pela classe trabalhadora e a lógica de lucro e acumulação dos capitalistas “os produtos, criados agora socialmente, não passavam a ser propriedade daqueles [...] que eram realmente seus criadores, mas do capitalista”. Mas no caso ocorrido no Distrito Federal, um personagem central dessa transferência da riqueza produzida – Centro Esportivo de Brasília – para os capitalistas é o Governo do Distrito Federal, que permitiu uma proposital subutilização e deterioração das construções do complexo para justificar a futura privatização. Reforçando assim a tese de Marx e Engels (1982, p.23) de que “o Estado é o comitê político dos interesses comuns das classes dominantes”. Objetivo: 1 - Analisar como o Estado moderno capitalista representado pelo Governo do Distrito Federal esteve alinhado com os interesses dos setores dominantes ao permitir a concessão pública do Centro Esportivo de Brasília à Sociedade Anônima Arena BSB; 2 – Elucidar a subutilização do Estádio Nacional de Brasília após a Copa do Mundo de 2014 como justificativa para a privatização do Centro Esportivo de Brasília; 3 – Verificar a lógica de exacerbação do consumo e a ampliação da obtenção de lucros no esporte enquanto elemento norteador da concessão pública do Estádio Nacional de Brasília; 4 – Comparar os modelos de gestão do Governo do Distrito Federal e da Sociedade Anônima Arena BSB para tornar o Centro Esportivo de Brasília um espaço multiuso.

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