Resumo

A natação infantil é uma das modalidades mais procuradas por tutores para o envolvimento em práticas esportivas no Brasil e nos últimos anos, profissionais de educação física têm criado programas de intervenções aquáticas com distintas proposições finais no processo de ensino, entre elas: melhorar a coordenação motora, habilidades de autossalvamento, recreação, ensino dos nados, etc. Entretanto, faz-se necessário modelos de avaliações que permitam a estes profissionais mensurar o impacto das suas intervenções, especificamente se os conteúdos traçados inicialmente, estão sendo atingidos pelas estratégias pedagógicas implementadas, bem como, a sistematização dos fatores de suplementação da aprendizagem ofertados durante a fase de aquisição das habilidades. O objetivo deste trabalho foi identificar os impactos de um programa de ensino em dois níveis de desenvolvimento do nadar: iniciação e aperfeiçoamento. Participaram do experimento 117 crianças em nível iniciação e 76 no aperfeiçoamento_1 de quatro instituições. Os modelos de avaliação foram constituídos de cinco competências em cada nível, sendo cada competência composta por cinco sub-habilidades, totalizando 25 habilidades em cada fase do nadar. Os dados inicialmente são apresentados de forma descritiva e o teste binominal, permitiu a caracterização das frequências de sucesso em cada uma das 25 tarefas testadas para cada fase de aquisição do nadar. Os resultados permitiram identificar que os grupos investigados apresentavam domínios acima da média para o desempenho geral, nas competências de segurança aquática os desempenhos mostraram-se acima de 70% de êxito, entretanto, também foi possível detectar sub-habilidades específicas, que necessitam de maior atenção por parte dos profissionais de planejamento do programa e os professores que realizam a aplicação do mesmo.