Resumo

Este artigo apresenta os fundamentos teóricos e pedagógicos do projeto de ensino “Estudos feministas: relações entre classe, raça e gênero” que foi realizado com estudantes de ensino médio, no contexto do ensino remoto emergencial em razão da pandemia da COVID-19. Para isso, apresenta o referencial teórico do projeto, o livro “Feminismo para os 99%: um Manifesto”, das autoras Arruzza, Bhattacharya e Fraser que apontam os limites da compreensão hegemônica de feminismo sob o neoliberalismo. Discute a metodologia do projeto inspirada nas tertúlias dialógicas e na pedagogia libertadora de Freire e hooks. Para compreensão deste projeto recorreu-se à pesquisa qualitativa e documental e os dados foram interpretados à luz da análise temática. Aborda, por fim, em que sentido o projeto de ensino contribuiu para ampliar, entre educadora e educandas, a compreensão histórica e crítica do movimento feminista, suas diferentes manifestações, e a possibilidade de construção de movimentos coletivos e populares na busca pelo enfrentamento das múltiplas formas de opressão experienciadas por mulheres.
 

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