Promoção e educação em saúde na comunidade (PESC): O perfil de atendimento dos pacientes atendidos em Macapá relacionando fatores sociais e a realização de atividade física.
Por Tiago Lazame Souto (Autor), Clarissa Silva Lima (Autor), Elizabeth Viana Moraes da Costa (Autor), Edielton Silva Gomes (Autor), Flávio Teodoro do Prado Filho (Autor), Elza Caroline Alves Müller (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
O projeto de extensão Promoção e Educação em Saúde nas Comunidades (PESC) abrange de maneira teórica, metodológica e prática o tripé ensino, pesquisa e extensão. Este projeto desde 2016 promove ações com oferta de serviços gratuitos à comunidades carentes, quilombolas e ribeirinhas de municípios do estado do Amapá, com a participação de docentes, discentes e profissionais colaboradores voluntários. OBJETIVO: Traçar um perfil sócio-epidemiológico dos pacientes atendidos em uma ação de saúde no município de Macapá, estado do Amapá, proporcionando a interação da relação ensino com a pesquisa extensionista. MÉTODOS: Foi aplicado um questionário, que contemplava o âmbito social, econômico e epidemiológico para obter dados dos pacientes atendidos na ação do PESC; além disso, foram ofertados os serviços de nutrição, fisioterapia, odontologia, psicologia, testes diagnósticos de doenças, avaliações físicas, aferição de pressão arterial e tipagem sanguínea por uma equipe multiprofissional. RESULTADOS: Foram atendidos 67 pacientes, sendo 45 mulheres e 22 homens, 38% dessas mulheres relataram não realizar nenhum tipo de atividade física como lazer em decorrência de fatores sociais como idade, trabalho, filhos menores, e/ ou serem de baixa renda, enquanto essa porcentagem para os homens foi de 27%. Esta diferença observada em relação ao sexo feminino pode ser atribuída a uma rotina conturbada, a qual impacta na saúde e bem-estar. O desenvolvimento e fortalecimento de redes de apoio à maternidade ou aos idosos, ou programas de tratamento de doenças poderiam diminuir esta desigualdade. A participação da comunidade acadêmica neste tipo de ação pode ser um fator determinante para a mudança deste contexto social. CONCLUSÃO: Evidenciou-se que fatores sociais atrelados à pouca ou nenhuma atividade física podem interferir negativamente na saúde da mulher, reforçando a necessidade de políticas públicas e propostas que apoiem a prática de atividades físicas nessa população, sobretudo por parte dos profissionais e acadêmicos em formação