Reforma curricular da educação física de 1987 na UFMG: apontamentos iniciais
Por Gabriela Almeida Lara (Autor), Christiane Garcia Macedo (Autor).
Em XIII Seminário oo CEMEF / III Encontro do gtt Memórias Da Educação Física E Esportes
Resumo
O presente estudo compõe um projeto de iniciação científica em andamento e tem como objetivo analisar as transformações ocorridas no currículo e na formação de professores de Educação Física na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no período compreendido entre 1987 e 2004, com foco na abertura política e nas mudanças sociopolíticas que marcaram esse contexto. A pesquisa busca compreender como as mudanças no cenário político e social influenciaram as diretrizes curriculares, as práticas pedagógicas e a identidade profissional dos docentes do curso de licenciatura em Educação Física da UFMG. Para esse texto apresentaremos especialmente, o contexto que levou até a aprovação do currículo de 1990 na UFMG. Utilizamos a análise da literatura e a análise documental. Para o levantamento bibliográfico buscamos textos que analisaram reformas curriculares ocorridas entre 1987 e 2004 nas bases: Portal de Periódicos da CAPES, Catálogos de Teses e Dissertações da Capes, Anais do Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte. Também analisamos alguns documentos da instituição, localizados no Centro de Memória da Educação Física, do Esporte e do Lazer (Cemef) e no Colegiado de Educação Física. Iniciamos compondo uma linha do tempo contendo as alterações curriculares mais significativas, elencamos como marcos a resolução 03/1987 do Conselho Federal de Educação e a resolução 07/2004 do Conselho Nacional de Educação. Podemos notar que as mudanças nas diversas universidades brasileiras não se deram de forma imediata, pois, para essas reformas, debates e negociações são necessários. Como afirmam Neira e Nunes o currículo é uma “arena política para semear a transformação” (2011, p. 681) e, também, um espaço de produção de significações e identidades (Silva, 2011).