Relação entre a porcentagem de gordura e a pressão arterial em praticantes de voleibol escolar
Por Lucas Ravel Benicio Pinto (Autor), Octávio Barbosa Neto (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
É bem documentado pela ciência que alterações lipídicas têm influência direta em padrões hemodinâmicos e na saúde cardiovascular de humanos. Em outra vertente, o esporte entra como um poderoso regulador da saúde cardiovascular e da porcentagem de gordura corporal. A pressão arterial é uma das formas mais comuns e conhecidas para avaliar a saúde cardiovascular. OBJETIVO: Analisar se existe relação entre a porcentagem de gordura e a pressão arterial em adolescentes praticantes de voleibol escolar. MÉTODOS: Foram analisados 18 adolescentes que praticam voleibol pelo menos duas vezes por semana em uma escola de Fortaleza. Estes não faziam uso de medicamentos controladores da pressão arterial e foram submetidos a testes para estimar a composição corporal, entre eles porcentagem de gordura via dobras cutâneas, utilizando a fórmula de duas dobras de Slaughter, de 1988. As dobras utilizadas foram perna e tríceps, coletadas em triplicata por um avaliador experiente. A pressão arterial foi aferida por Esfigmomanômetro digital antes dos demais testes e após 5 minutos de repouso sentado. RESULTADOS: A amostra consistia em 7 adolescentes do sexo feminino (15,8±0,75 anos) e 11 do sexo masculino (16±0,78 anos). Os dados coletados não mostraram nenhuma relação entre a porcentagem de gordura e a pressão arterial, de modo que, um indivíduo com porcentagem de gordura mais elevada não necessariamente terá uma pressão arterial mais elevada [33,66 (119/84) ± 9,28 (128/72); 156/93 (12,14) ± 99/71 (22,28)]. CONCLUSÃO: Portanto, na população analisada, não foi observada nenhuma associação entre a porcentagem de gordura corporal e a pressão arterial. No entanto, este resultado deve levar em consideração as limitações do estudo, como um baixo número de participantes e a ausência de dados do histórico familiar de pressão arterial e sobre o perfil lipídico dos mesmos. Também faz-se necessário mais estudos que relacionem essas duas variáveis e o exercício físico.