Resumo

Introdução: Acredita-se que o isolamento, a perda de liberdade, a incerteza sobre a doença, o tédio e a combinação de suspensão inesperada do exercício físico somada a inatividade prolongada podem promover alterações adversas à saúde. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo investigar na população brasileira a relação dos elementos sociodemográficos e o nível de atividade física, qualidade de vida, e apresença de ansiedade, estresse e depressão durante a pandemia da COVID-19 no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional descritivo, de corte transversal. Foram aplicados questionários de forma online para avaliar a qualidade de vida (SF12), o nível de atividade física (IPAQ) e o estresse, ansiedade e depressão (DASS). O estudo foi feito em todo território brasileiro entre os meses de maio a julho de 2020. Resultado: Foram analisados 480 questionários, do sexo feminino (72,29%),sem comorbidades (79,37%) e com nível superior (51,66%). Com relação aos cálculos de risco relativo, a população feminina apresentou chance aumentada para classificação de pior qualidade de vida, tanto no domínio mental (R: 0.58, p < 0.0001) como físico, (R: 0.65, p < 0.0001), bem como para apresentação de ansiedade (R:2.58, p < 0.0001) e estresse (R: 2,66, p < 0.0002). Com relação a atividade física,sujeitos sem comorbidades apresentaram menor chance de serem inativos (R: 0,26,p < 0.0001). Conclusão: Os dados do presente estudo permitem afirmar que o sexo feminino apresentou maior risco para baixos índices de qualidade de vida relacionada aos aspectos de saúde física e mental, bem como para presença de estresse e ansiedade. Já para o nível de atividade física, a população com comorbidades apresentaram-se mais inativas.

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