Relação entre os achados no exame de ressonância magnética e a cinesiofobia em mulheres com dor femoropatelar
Por Ivson Thales Gomes Silvino (Autor), Aluiso André Dantas de Sousa (Autor), Lucas de Medeiros Dantas Oliveira (Autor), Aarão de Almeida Fernandes (Autor), Thiago Torres Costa (Autor), Irivam Batista da Silva Neto (Autor), Hassan Mohamed Elsangedy (Autor), Leônidas de Oliveira Neto (Autor).
Resumo
A dor femoropatelar (DFP) é amplamente considerada uma condição multifatorial caracterizada por um início gradual de dor relacionada à articulação femoropatelar, que causa inúmeras limitações funcionais. Alguns fatores foram previamente associados à DFP, incluin-do características biomecânicas, clínicas e estruturais, podendo essa patologia ser apontada como fator de risco para o desenvolvimento da osteoartrite de joelho (OA). Evidências atuais demonstram que o estágio avançado de condromalácia está associado à piora da gravidade dos sintomas e ao declínio da função do joelho, o que pode impactar diretamente na cinesiofobia de mulheres com DFP. Nesse contexto, a ressonância magnética (RM) é uma ferramenta valiosa usada no estadiamento da condromalácia, que se baseia no grau de lesão da cartilagem. Ob-jetivo: Comparar a cinesiofobia com o estágio/gravidade da condromalácia patelar. Métodos:Esse é um estudo transversal, a amostra foi composta por 47 mulheres (18 a 40) anos de idade, clinicamente diagnosticadas com DFP. A Escala Tampa de cinesiofobia foi observada através do instrumento TSK-11, instrumento composto por 11 itens que quantificam e avaliam o medo do movimento (cinesiofobia) e de re-lesão devido ao movimento e atividade física em uma escala de 11 a 44, onde 44 indica maior medo do movimento. O exame de ressonância magnética (RM) foi realizado por médico radiologista capacitado e os laudos utilizados para dividir o grupo 1, de menor estágio de menor gravidade (condromalácia grau 1 e 2) e estágio de maior gravidade (condromalácia grau 3 e 4, ou associação de outras lesões articulares). A estatística utilizada para comparação entre os grupos foi Teste T, o nível de significância considerado foi p < 0,05. Resultados: Não houve diferença na cinesiofobia (p = 0,60) entre os estágios inicial (grupo 1) e avançado (grupo 2) da condromalácia patelar. Conclusão: O estadiamento da condromalácia patelar não interfere na cinesiofobia de mulheres diagnosticadas com DFP.