Integra

O futebol apresenta-se como uma modalidade de caráter intermitente, com diferentes intensidades na realização de tarefas motoras características do jogo como saltos, corridas, mudanças bruscas de direções, alternando-se com corridas leves e caminhadas. Neste sentido, a utilização de ações que exigem a realização de força em menor tempo, são constantemente requeridas numa partida. O objetivo deste estudo foi avaliar as relações existentes entre variáveis de Força Explosiva (FE), Força Explosiva Elástica (FEE) e Força Explosiva Elástica Reflexa (FEER) com o desempenho de velocidade de deslocamento em 20 metros (V20). Para o estudo, 11 atletas da categoria juvenil (16,16±0,54 anos; 66,90±5,88 kg; 176,03±5,66 cm) de um clube de futebol localizado na cidade de Campinas - SP foram selecionados. Para avaliação da Força Eplosiva foi utilizado o teste de Salto Vertical, sem contra-movimento partindo de uma posição estática (SJ); A Força Explosiva Elástica foi mensurada por meio do teste de salto vertical com contra-movimento partindo de uma posição estática (CMJ); já para a Força Explosiva Elástica Reflexa foi utilizado o teste de saltos verticais contínuos por 5 segundos (CJ5s). Para análise estatística foi utilizada a Correlação Produto-Momento de Pearson. Em todos os testes não foi permitido o auxílio dos membros superiores. Foram encontradas correlações significativas entre FE e FEE (r=0,917; p0,0001); FE e V20 (r=0,670; p=0,0240); FEE e V20 (r=0,835; p=0,0014) para a primeira avaliação. Já para a segunda avaliação foram encontradas correlações significativas entre FE e FEE (r=0,862; p=0,0006); FE e FEER (r=0,669; p=0,0243); FE e V20 (r= 0,819; p=0,0020); FEE e FEER (r=0,746; p=0,0083); FEE e V20 (r=0,856; p=0,0008); FEER e V20 (r=0,692; p=0,0182). Pode-se concluir que durante um macrociclo de treinamento houve alterações nos componentes explosivos e explosivos elásticos da força, bem como alterações no desempenho de velocidade. É possível afirmar que isto se deve a um melhor recrutamento de unidades motoras, coordenação inter e intramuscular dos atletas, havendo uma maior participação dos componentes da força explosiva no desempenho da velocidade após um período de treinamento.