Resumo

Diferentes configurações de prescrição de séries podem provocar diferentes respostas hemodinâmicas, barorreflexas e autonômicas. No entanto, a reatividade barorreflexa e autonômica a uma sessão de exercício isométrico (EI) equalizado pela razão impulso-repouso (I:R) em mulheres ainda precisa ser esclarecida. Assim, a presente pesquisa investigou as respostas autonômicas e barorreflexas em mulheres, utilizando dois protocolos de EI. Nove mulheres saudáveis (25 ± 3 anos) realizaram dois protocolos equalizados em I:R com 30% 1-RM: configuração de série longa (LSC – long set configuration): 4 séries x 2min isométricos x 2min de descanso; e configuração de série curta (SSC – short set configuration): 16 séries x 30seg isométricos x 24seg de descanso. A pressão arterial e os intervalos cardíacos foram monitorizados por fotopletismografia e eletrocardiograma antes, durante e após (imediatamente, 30 e 60 min) o exercício. Foram calculados os parâmetros no domínio do tempo e frequência da variabilidade relativa à frequência cardíaca, assim como o ganho e eficácia do barorreflexo. Foi aplicada uma ANOVA de duas vias para medidas repetidas. Os protocolos provocaram uma redução no ganho do barorreflexo, enquanto a redução de ganho da LSC durou mais tempo (30 e 60 minutos). Apenas a SSC foi capaz de diminuir a raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre os intervalos RR normais adjacentes (RMSSD - root mean square of successive differences between normal heartbeats) durante o exercício em comparação com o repouso (p < 0,05). O desvio padrão de todos os intervalos RR normais (SDNN - standard deviation of the normal-to-normal interval) aumentou durante o exercício utilizando a LSC (p<0,05). A HF diminuiu apenas no SSC durante o exercício (p < 0,05), enquanto a relação LF/HF também aumentou apenas no SSC durante o exercício (p < 0,05). A LSC provocou reduções mais prolongadas no ganho do barorreflexo, enquanto o protocolo SSC causou uma maior perturbação na modulação autonômica cardíaca.

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