Resumo

A proposta que desenvolvemos visa construir a ação tática como uma configuração subjetiva da experiência esportiva, a partir de uma perspectiva singular e dinâmica. A partir da teoria da subjetividade e da epistemologia qualitativa de González Rey foi desenvolvida uma aproximação alternativa na análise de experiências de fracasso na competição, que permitiu destacar a importância do trabalho processual em um tipo de pesquisa que procura construir um modelo teórico explicativo em desenvolvimento permanente. A qualidade da expressão de C, judoca paralímpico cubano, que vive com uma deficiência visual, foi o aspecto essencial para o estudo de duas situações de combate específicas acontecidas nos Jogos Paraolímpicos de Londres 2012 e nos Jogos Parapan-americanos de Toronto 2016 que, em uma relação fundamentada no dialogo e na comunicação empática, permitiu explicitar a singularidade como via possível para gerar inteligibilidade sobre as experiências esportivas. A intenção era construir uma interpretação da experiência esportiva a partir da organização subjetiva que emerge no curso de uma ação esportiva malsucedida. A discussão avança na possibilidade de assumir a preparação tática como um espaço complexo, onde a subjetividade é uma oportunidade explicativa das vivências esportivas.

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