Treinamento combinado e sua influência sobre o risco cardiometabólico em indivíduos eutróficos, obesos e com diabetes tipo 2
Por Ivan Luiz Padilha Bonfante (Autor), Danielle Isadora Alves Ribeiro (Autor), Guilherme Alexandre Fernandes (Autor), Laura Martines Lima (Autor), Renata Garbellini Duft (Autor), Keryma Chaves da Silva Mateus (Autor), Liliane Ribeiro Vasconcelos (Autor), Ana Paula Boito Ramkrapes (Autor), Mara Patricia Traina Chacon Mikahil (Autor), Cláudia Regina Cavaglieri (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
A união do treinamento de força e aeróbio (treinamento combinado - TC) ajuda no tratamento/prevenção da obesidade e diabetes tipo 2 (DM2). Entretanto, ainda existem lacunas dos efeitos do TC sobre o risco cardiometabólico global em indivíduos com diferentes padrões metabólicos. OBJETIVO: Avaliar os efeitos do TC sobre o risco cardiometabólico através do Framingham risk score (FRS), idade cardiovascular (IC) e do z-score da síndrome metabólica (zsSM) em indivíduos eutróficos, obesos e DM2. MÉTODOS: Completaram o estudo 126 sujeitos irregularmente ativos de ambos os sexos, idade entre 40-60 anos, divididos em grupos treinamento (GT) ou controle (GC) de sujeitos eutróficos (GTE n= 18; GCE n= 18), obesos (GTO n= 27; GCO n= 29) e com DM2 (GTDM2 n= 17; GCDM2 n= 17), os quais realizaram pré-pós período experimental avaliações antropométricas, hemodinâmicas e bioquímicas para o cálculo dos scores. Foram utilizados os testes t independente, ANOVA one way/two way, seguido de post hoc de tukey. O nível de significância foi de p≤ 0,05. RESULTADOS: Pré-período, indivíduos eutróficos apresentam menor risco metabólico, obesos um padrão intermediário e os diabéticos têm os maiores valores de IC, FRS e zsSM. Na comparação pré-pós entre sujeitos treinados e controles de cada população, o GTE apresentou pequena diminuição do FRS (-1,0%, p= 0,02) e IC (-3,3%, p= 0,03), enquanto obesos e diabéticos treinados têm diminuição de zsSM (GTO: -55,4%, p< 0,001; GTDM2: -49,5%; p< 0,01), FRS (GTO: -6,6, p=0,01; GTDM2: -7,7%, p< 0,01) e IC (GTO: -1,3, p< 0,01; GTDM2: -2,5, p= 0,03). Nãoforam observadas diferenças entre os deltas percentuais de mudanças dos três grupos treinamento, embora os valores do GTO e GTDM2 sejam numericamente maiores. CONCLUSÃO: O TC, sem intervenção na dieta, diminui significativamente o risco cardiometabólico, com indícios que esse efeito seja mais evidente em indivíduos com obesidade e DM2.