Variabilidade dos padrões de atividade física em escolares por medida direta: subsídio para intervenções personalizadas
Por Kelly Christine Maccarini Pandolfo (Autor), Cati Reckelberg Azambuja (Autor), Nicole Carneiro Tura (Autor), Daniela Lopes dos Santos (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
A avaliação precisa dos padrões de movimento em jovens é fundamental para a saúde pública, considerando o aumento do comportamento sedentário (CS) nessa população. OBJETIVO: Analisar a distribuição de tempo nas diferentes intensidades de atividade física (AF) em escolares. MÉTODO: um grupo de 12 adolescentes (5 do sexo feminino e 7 do sexo masculino) utilizaram acelerômetros (ActiGraph) durante 7 dias consecutivos para registro do padrão de movimento. RESULTADOS: O tempo de uso médio do acelerômetro foi de 4560 minutos (aproximadamente 651 min/dia). A maior parte do tempo foi gasta em CS (67,4%), com baixa contribuição de AF moderadas (2,4%) e vigorosas (0,08%), o que indica que as recomendações de saúde não estão sendo alcançadas pelo grupo. A estratificação por sexo mostrou que os meninos foram, em média, ligeiramente menos sedentários (65,5% vs. 70,0%) e mais ativos na AF leve (32,2% vs. 27,3%). A análise individual, contudo, revelou uma grande variabilidade: um dos meninos se destacou como um dos mais ativos (AF moderada: 7,2% ou 278 min; AF vigorosa: 0,4% ou 14 min), enquanto outro menino e uma menina apresentaram os maiores índices de CS (74,8% e 73,8%, respectivamente). Quanto à adesão ao uso do acelerômetro, dois adolescentes ultrapassaram 5500 minutos (aproximadamente 13h/dia), enquanto o menor tempo foi de 2156 minutos (aproximadamente 5h/dia). CONCLUSÃO: O grupo possui um perfil de movimento predominantemente sedentário, mas com grande heterogeneidade individual. Esses achados reforçam a necessidade de estratégias de intervenção personalizadas para promover a AF entre adolescentes.