Fonte: CBAt
João Carlos de Oliveira bate recorde mundial do triplo no PAN de 1975 na Cidade do México (Arquivo CBAt)
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Há 35 anos, um dos maiores nomes da história do esporte brasileiro estabelecia uma das maiores performances esportivas do Século 20. Foi em 15 de outubro de 1975, que João Carlos de Oliveira saltou 17,89 m e superava em 45 cm o recorde mundial anterior do triplo, do soviético da Geórgia Viktor Saneyev.

João Carlos tornava-se, assim, o terceiro triplista brasileiro a estabelecer o recorde mundial da prova, depois de Adhemar Ferreira da Silva na década de 1950 e de Nelson Prudêncio nos anos 1960. Aliás, juntos, os três deram ao País seis medalhas olímpicas: 2 de ouro, 1 de prata e 3 de bronze.

O recorde do brasileiro só caiu em junho de 1985, quando o norte-americano Willie Banks saltou 17,97 m em Indianápolis. Dois anos depois, João foi eleito autor de uma das 100 mais belas performances do atletismo, por ocasião do Jubileu de Diamante da IAAF. A entidade internacional homenageou o brasileiro e inúmeros outros grandes nomes do esporte, durante o Campeonato Mundial de Roma, em 1987.

Da CBAt João Carlos ganhou o título de Emérito, por proposta do presidente da CBAt, Roberto Gesta de Melo. Além das entidades esportivas, ele também recebeu homenagem eloquente do povo, que o elegeu duas vezes deputado estadual em São Paulo.

A carreira de João Carlos teve seu lado trágico. Em 1981, pouco antes do final do ano, sofreu um acidente na Rodovia Anhanguera, que levaria à amputação de sua direita um ano depois. João continuou ativo e era difícil ser visto sem um sorriso no rosto. Mas morreu muito jovem, em 29 de maio de 1999, um dia depois de completar 45 anos. Ainda hoje a marca de João Carlos é uma das 10 melhores da história da prova.


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