Pessoal, estamos discutindo Pedagogia do Esporte na Comunidade do CEV http://cev.org.br/comunidade/pedagogia/debate/listello-por-que-quase-ninguem-aplica/

O Prof. Dr. Laercio Elias Pereira deu um exemplo de aplicação no Handebol de como funciona a metodologia pregada pelo Listello, que segue:  

Lucas, Guilherme, ManoLeo, Jãozin,

Em tempo: Lucas, dá pra comprar o “Educação pelas atividades físicas esportivas e de lazer” baratin no sebo: http://ligcev.com/listellolivro  .

Guilherme, a importância da competição (que não é um pecado mortal; é um grande insumo para a avaliação) e o tratamento dos alunos em pequenos grupos homogêneos (no século XXI a aprendizagem vai ser cada vez mais em pequenos grupos, némesmo?) permite substituir o democratismo de tratar todomundo igual e passar a trabalhar com as equipes de aprendizagem (de esporte, de handebol, de capoeira, dança…). Lembremos que o democratismo piegas vigente tende a tratar todomundo igual, sem considerar diferenças de talento, habilidade, disposição, interesses e, especialmente, estilo de aprendizagem (viva o Gardner!). Na prática: “de cada um segundo as suas possibilidades e a cada um segundo as suas necessidades”. Na produção do livro fiz lobi pro Listello colocar o handebol como exemplo de esportes coletivos, e consegui homenagear o Viché e o Biguá, atletas do nosso time na GM, que foram comigo pro Maranhão pra gente ser campeão brasileiro de handebol como nomes dos estudantes que preenchiam fichas de avaliação. Hehehe! (desculpem a viagem na maionese).

Voltando: como temos na temporada “uma dia jogo outro dia treino” cada uma das 4 ou 6 equipes de trabalho sabe porque estão “treinando”. Certamente a “aula” do pessoal das equipe vão ser diferentes, específicos, com objetivos próprios.

Por exemplo, no handebol . Na equipe I: contrataque sustentado, balanço defensivo, tramas… Na II: fundamentos, marcação…

Mais:  A cada competição temos da produção (rendimento) dos clubes. Somamos os resultados dos jogos:

Exemplo (com medo de me complicar): Rodada de jogos de handebol da temporada. Clubes (A e B); 3 divisões:

A1 8 x B3 1; A2 4 x B2 5; A3 1 x B1 6. Resultado do dia: Clube A 13 x Clube B 11.

Se for temporada de esportes individuais basta somar os saltos ou arremessos de cada clube, ou fazer a competição emparelhando um contra um, dois contra dois (se tiver 4 raias de corrida)…

Os estudantes competem e se preparam para as rodadas seguintes. Participam da elaboração do trabalho. Cabe aos professores, além da responsabilidade geral de educadores, cuidando para que a Educação Física integre realmente o plano pedagógico da escola… “saturar o ambiente com informação e promover a socialização”, como ensinou o Lauro de Oliveira Lima, também há mais de 40 anos. Mas, a Bíblia tem mais de 2 mil anos e ainda faz bastante sucesso, némesmo?

Jão: Sei que Vc é mais velho do que eu - sim alguns dias -, mas eu fiz o curso do LeBouch antes de Vc, em 72 no INEF de Madri (eu estava de mochila a caminho de ser voluntário da Olimpíada de Munique, onde pela primeira vez ia ter handebol). Eu já era técnico da GM e lembro de ter achado o LeBouch - que ainda não era famoso - meio deslumbrado com o que a gente já fazia no dia-a-dia do chão da quadra. Nesse Encontro - onde tive a honra de conhecer o Cagigal - lembro de ter ficado admirado com o trabalho de um professor chamado Julio Legido, que nas aulas de EF falava e tratava do “bombardeio sensorial”. Naquela época percebi que os estudantes dos manuais eram surdos, mudos, não tinham paladar nem sentiam cheiro. Aliás, não tinham qualquer sentimento. Coisas da vida.

Laércio.

Comentários

Por Antônio Sérgio Maritan Junior
em 1 de Agosto de 2009 às 09:19.

Nós professores precisamos mudar o nosso discurso(unilateral),para uma fala mais carregada de reflexões e fundamentações que nós leve a entender melhor nossos alunos.Com relação ao grande LISTELLO só lendo e vivenciando.

Por Renato Sampaio Sadi
em 2 de Agosto de 2009 às 09:19.

Eu diria que alguns ’aplicam o Listello... isto é, procuram adaptar de todas as formas possíveis um ensino eficaz de esportes, já que outras teorias e textos também podem levar a isso. Concordo que são poucos professores que fogem do democratismo e das palavras fáceis, aliás essa é realmente uma praga na área. O velho Lênin ja dizia que o ’esquerdismo é uma doença do comunismo... Penso que falta iniciativa, criatividade e empenho em objetivos claros e viáveis... enquanto sobra burocracia (e falta de foco) dos cansativos programas de esporte educacional. Certa vez ouvi de um professor (formado em EF) que dar aulas de esporte é fácil e agradável, ou seja, é preciso descomplicar!


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