como devemos proceder nas aulas de ginástica quandi as  mulheres  não estão abituadas com exercícios

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 25 de Agosto de 2009 às 16:34.

Aldomir,

Estou encantado com sua dúvida: “Como proceder nas aulas de ginástica em que as mulheres não estão habituadas com exercícios”? Não pretendo dar-lhe “uma receita de bolo”, pois não conheço sua realidade, como vivem e o que buscam.

Vou tentar ajuda-lo e, para tanto, preciso envolver-me bastante com o seu trabalho. Como sou nascido e criado em “cidade grande” (sempre vivi em Niterói, Rio de Janeiro) preciso que me ensine muitas coisas que só você sabe, pois imagino que seja nascido nessa região. Seus hábitos, sua cultura, sua maneira de encarar a vida, tudo é sensivelmente diferente. Assim, seria temerário dizer-lhe de imediato como proporcionar atividades físicas para as mulheres. O grupo delas está composto de crianças, adolescentes, mães, idosas? Que motivações elas têm para realizar exercícios? Isto é, por que elas querem fazer exercícios? O que tem você para oferecê-las? Quantas vezes na semana? Em que horários? E, o mais importante, “O que elas gostariam de fazer”? Se elas conseguirem responder a esta última pergunta o seu trabalho estará facilitado.

Pode fazer isto e me informar?

A propósito, veja na comunidade Educação Física em Roraima sobre o meu interesse já manifestado em conhecer a realidade de todos vocês. É bem possível que esteja por aí em novembro. Mas até lá, vamos debatendo e aprendendo mais sobre as realidades e diversidades desse imenso Brasil. Sou-lhe grato por ter-me proporcionado a oportunidade de ajuda-lo e a todos os seus alunos. Estarei aguardando.

Roberto Pimentel.

Por Marcos Goncalves Maciel
em 30 de Agosto de 2009 às 19:38.

Aldomir,

Concordo com a opinião do colega Pimentel sobre "dá uma receita de bolo"! Infelizmente, muitos profissionais estão acostumados a usar a "cabeça dos outros", ao invés de usar a que tem, ou seja, é mais fácil pegar algo pronto do que pensar em uma solução. Vc não vai achar nada "pronto" a esse respeito, e mesmo se achar, não quer dizer que vai dá certo com vc, pois, cada realidade é  diferente.

Vc terá que buscar as suas respostas inicialmente como disse o colega Pimentel, conhecendo o seu público alvo, fazendo um diagnóstico: experiências com AF, o que pensam sobre a mesma, dados sociodemográficos (pesquisas apontam que mulheres, pessoas com mais idade e menor a escolaridade, são mais propensas ao sedentarismo); tb é necessário considerar os fatores ambientais, sociais e culturais da população. Procure respostas através da Psicologia do esporte (motivação, WEINBERG, GOULD, 2001) e teorias comportamentais (modelo transteorético, cognitiva social, etc; PROCHASKA, MARCUS, 1994; DUMITH, 2008; SEABRA et al, 2008, etc).

Vamos continuar cv caso queira!

Abs

Por Marcos Goncalves Maciel
em 30 de Agosto de 2009 às 19:39.

Por Roberto Affonso Pimentel
em 31 de Agosto de 2009 às 08:13.

Obrigado Professor Marcos, pelo apoio e incentivo ao colega amazonense. Certamente estará envolvido e acompanhando o desenrolar das aulas. 

Veja Aldomir, agora tem mais um colega disposto a ajuda-lo na sua missão. Além de um niteroiense, um mineiro veio juntar-se a nós, o Professor Marcos G. Maciel. Creio que ele  possui bastante experiência e poderá contribuir em muito para suas atividades em Presidente Figueiredo.

Enquanto não se pronuncia, arrisco-me a fazer algumas sugestões genéricas que, se não contribuem muito, também não prejudicam. Todavia, lembre-se de pesquisar (anamnese) de algum modo o estado de saúde de sua clientela. Muito cuidado com este quesito. Pode pedir ajuda a um sistema médico da localidade.

Movimentos naturais, realizados de forma prazerosa, delicada e de pouca intensidade, contribuem para aumentar a auto-estima das alunas, uma vez que não se exija demasiada perfeição. Cada pessoa tem os seus limites. Como não sabemos as suas idades, é possível que haja diferentes gerações. Aproveite o fato e torne as crianças e adolescentes monitoras das senhoras. Vai agradar a todas e realizar as aulas concomitantemente. 

Utilizar formas prazerosas significa transmitir alegria para quem pratica. Para tanto, e considerando as idades, use a criatividade, isto é, confeccione os próprios objetos que vai utilizar nas aulas. Veja se é possível que as alunas contribuam nesse trabalho. Vai valorizar a participação delas. Os filhos podem e devem colaborar nesse sentido, um incentivo sem precedentes.

A partir de agora, estaremos aguardando o seu pronunciamento. Fale-nos a respeito da preparação e de sua atuação efetiva. Boa sorte amigo e parabéns pelo seu empenho na tarefa. Mais um detalhe: peço que faça um registro bem simples do que realizou e, futuramente, envie para mim com fotos. Na oportunidade, passarei o meu endereço eletrônico. 

Roberto Pimentel. 

Por João Carlos Christoffoli
em 7 de Dezembro de 2009 às 11:02.


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