Já é bem caracterizado que a força produzida por um músculo depende da sua seção transversal. Músculo mais volumoso, mais força. Sendo assim, segundo Zatsiorsky, a força é o resultado da atividade das subunidades musculares (sarcômero, miofibrila, fibra muscular).

Para um músculo ou grupo muscular atingir, força máxima, velocidade máxima, hipertrofia máxima, de acordo com o ato motor, é preciso provocar o estímulo certo com o treinamento certo. Por isso, surgiram os métodos com suas séries e intensidades diferentes. O resultado do treinamento, seja qual for o objetivo, é conseguido com desenvolvimento de todas as unidades motoras e respectivos tipos de fibras musculares. Claro, guardadas as devidas proporções.

Zatsiorsky também fala em hipertrofias sarcoplasmática e miofribilar. A primeira caracterizada por crescimento do sarcoplasma (substâncias semi-fluídica interfibrilar) e proteínas não contráteis e que não contribuem diretamente para a produção de força. Ou seja, a área de seção transversal aumenta mas não à custa do aumento da densidade da área dos filamentos nas fibras musculares.

Ao contrário, a hipertrofia miobribilar se dá pelo alargamento da fibra muscular contribuindo para o aumento significativo e da força real. Métodos mais fortes que provocam microrupturas induzem, a princípio, retenção de líquidos por ser uma defesa do organismo, podendo entre outros fatores, estar ligados à hipertrofia sarcoplasmática.

É bem verdade que os estudo atuais ainda são pouco conclusivos e não se pode afirmar a existência da relação  entre  intensidade do treino e hipertrofia miofibrilar e ou sarcoplasmática. É uma área muito obscura e sabemos pouco a respeito. Entretanto, a olhos vistos, existe diferença na força física real entre halterofilistas, fisioculturistas e levantadores Olímpicos. O desenho dos músculos são diferentes, o corpo é diferente, a força é diferente e os métodos de treinamento que cada um usou para chegar lá são diferentes. Ao olharmos  um  campeão  de  fisioculturismo com todos aqueles músculos bem desenhados, aos olhos da estética são perfeitos. Não significa serem mais fortes. Da mesma forma, um levantador Olímpico, aos olhos da estética, não tem um corpo tão perfeito. Mas são muito fortes e se for considerado o corte de seção transversal de um e de outro, são similares.

algem tem algo a somar sopre esse assunto ?

fonte: http://www.totalsport.com.br/colunas/moraes/ed3001.htm 

Comentários

Por Lucas Soares Marcucci Barbosa
em 12 de Janeiro de 2016 às 19:12.

Com o treino de potência com intensidades entre 30% e 60% 1 RM e um treino de força com intensidades entre 10 RM e 4 RM durante 8 semanas (LAMAS, 2007) indicou que o treinamento de força e o treinamento de potêcia, a curto prazo, geram hipertofia semelhantes e de forma semelhante também produzem um aumento da força máxima parecidos.

Então acho interessante para um aluno que acaba de começar o treinamento resistido com o objetivo de hipertrofia, prescrever um treinamento de potência devido a baixa porcentagem de 1RM deixar o exercício mais confortável.

Por Paulo Azevedo
em 14 de Janeiro de 2016 às 16:02.

Prezado Thiago,

qual o objetivo da sua msg? Não está claro, e assim fica dificil iniciar qualquer discussão.

Att.,

Paulo Azevedo

Por Larissa Vitalina de Medeiros Pires
em 1 de Fevereiro de 2016 às 15:40.

''Segundo o American College of Sports Medicine (ACSM), as cargas de 6 ou menos RM teriam maior efeito nas medidas de força e produção de potência. Cargas de 20 RM ou mais, seriam mais efetivas no quesito endurance/resistência muscular. Os ganhos de força obtidos com cargas acima de 25 RM são pequenos. Ganhos iniciais são conseguidos pelo efeito de aprendizagem, porém cargas mais pesadas serão necessárias para os ganhos em força muscular e em tamanho do músculo.'' ''No método de força normalmente enfatiza-se a escolha dos exercícios. Os exercícios a serem enfatizados são feitos no início de uma sessão de treino, e as cargas são pesadas (<6RM). Os períodos de descanso tornam-se maiores (> 2 min.). O número de séries também é alto e variam de 4 a 10 séries para exercícios específicos, e para músculos auxiliares 1 a 3 séries.

Já em um treino de hipertrofia, há uma quantidade considerável de exercícios de isolamento. Ações excêntricas são importantes, existem grandes variedades de ordem de exercícios, e assim como em força, os músculos que precisam ser enfatizados são exercitados no início. A intensidade é de moderada a alta (6-12 RM), números mais altos de repetições são usados poucas vezes para combinar outros métodos, tais como séries múltiplas.'' (trechos retirados do texto base) 

Apartir dos trechos citados pode-se dizer que a maioria das pessoas que buscam uma academia para treinar buscam resultados como a hipertrofia muscular, porém para atingir tais resultados é preciso um programa de treinamentos visando também a força muscular e respeitando a individualidade, a variação e o objetivo para que não ocorram lesões e os resultados sejam benéficos, além de um acompanhamento. feito por profissionais. Atualmente muitos praticantes da musculação repetem nas academias o que acompanham nas redes sociais e em sites, não procuram novas fontes ou pesquisam informações para que sejam comparadas e isso pode trazer problemas para a saúde ao serem feitos incorretamente.

link usado como base: http://www.frangocombatatadoce.com/2015/09/21/treinamento-de-forca-x-treinamento-de-hipertrofia/


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