A descolonização do currículo como princípio ético-político da Educação Física cultural

Amparado por um referencial decolonial, este artigo mobiliza os princípios ético-políticos do currículo cultural da Educação Física para analisar o relato de experiência “Jongo, uma roda pela igualdade”. As análises evidenciam que a escolha do jongo como tema e as cenas didáticas criadas para possibilitar às crianças vivenciar, ler e interpretar sua ocorrência social revelam a rejeição de práticas colonizadoras. Observa-se a adoção de condutas que reconhecem as crianças como produtoras de cultura. Nesse sentido, a prática pedagógica desenvolvida na Educação Infantil sob a perspectiva cultural da Educação Física demonstra potencial para contribuir com uma educação decolonial, ao tornar as ações sensíveis aos conhecimentos, cosmopercepções, memórias e valores de grupos historicamente subalternizados pelo colonialismo. Assim, colabora para a formação de infâncias capazes de se solidarizar com as diferenças.

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