Resumo

A promoção da saúde envolve aspectos afetivos e cognitivos para mudanças de comportamento, assim destaca-se a necessidade de maior atenção voltada aos aspectos motivacionais relacionados à adesão e manutenção das pessoas à prática de atividade física no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS). Este ensaio tem como objetivo apresentar a etapa inicial de um modelo teórico-metodológico de intervenção para a atividade física no contexto da APS, que considerem os processos regulatórios da motivação. O macroprojeto foi organizado sob três processos: desenvolvimento (foco exclusivo deste ensaio); validação e avaliação/aplicação. A partir da análise bibliográfica foram extraídas 17 estratégias para promover motivação para a atividade física. Após, foi sugerido formas de implementar tais estratégias no contexto da atividade física da APS. Este trabalho visa democratizar e encorajar a apreciação dos aspectos afetivos e cognitivos por profissionais, pesquisadores e gestores interessados na promoção da prática de atividade física para a saúde no contexto da APS.

Referências

World Health Organization. Noncommunicable diseases progress monitor 2020. Geneva: WHO; 2020.

Matias TS, Piggin J. Physical activity promotion: can a focus on disease limit successful messaging? Lancet (London, England). 2020;8(10)e1263.

Ministério da Saúde (BR). Portaria GM n.2.446, de 11 de novembro de 2014. Redefine a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS). In: Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília;2014.

Quadros EN, Maciel EC, Konrad LM, Ribeiro CG, Lopes ACS, Meurer ST, et al. Avaliação da efetividade do “VAMOS” no contexto do programa academia da saúde: Um estudo qualitativo. Movimento. 2020;26:26023.

Polo MCE, Matias TS, Tavares GH, Papini CB. Antecedentes motivacionais da atividade física na atenção básica de saúde: um estudo qualitativo. Movimento. 2020;26:26082.

Cavalli AS, Garcia GP, Ricardo AC, Ribeiro JAB, Cavalli, MO. Fatores motivacionais de idosos participantes em Projeto social universitário de Educação Física. Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento (Online). 2019;24:e2316-2171.

Rech CR, Camargo EM, Araujo PAB, Loch MR, Reis RS. Perceived barriers to leisure-time physical activity in the Brazilian population. Rev Bras de Med Esporte. 2018;24(4):303-9.

Matias TS, Piggin J. The Unifying Theory of Physical Activity. Quest. 2022;74(2):180-204.

Teixeira PJ, Marques MM, Silva MN, Brunet J, Duda JL, Haerens L, et al. A classification of motivation and behavior change techniques used in self-determination theory-based interventions in health contexts. Mot. Sci. 2020;6(4):438–55.

Matias TS. Motivação, atividade física e mudança de comportamento: Teoria e Prática. 1 ed. Curitiba: Appris, 2019.

Gillison FB, Rouse P, Standage M, Sebire SJ, Ryan RM. A meta-analysis of techniques to promote motivation for health behaviour change from a self-determination theory perspective. Health Psychol. Rev. 2019;13(1):110–13.

Deci EL, Ryan RM. The "what" and "why" of goal pursuits: Human needs and the self-determination of behavior. Psychol Inq. 2000;11(4):227–68.

Ednie A, Stibor M. Influence and interpretation of intrinsic and extrinsic exercise motives.J. Hum. Sport Exerc. 2017;12(2):414-25.

Polit DF, Beck CT. Fundamentos de Pesquisa em Enfermagem: Avaliação de Evidências para a Prática da Enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.

Guthold R, Stevens GA, Riley LM, Bull FC. World wide trends in insufficient physical activity from 2001 to 2016: a pooled analysis of 358 population-based surveys with 19 million participants. Lancet (London, England). 2018;6(10):e1077–86.

Acessar