Resumo

O objetivo deste texto é o de relatar a pesquisa bibliográfica realizada para a inserção do ensino da cultura indígena para alunos e alunas de Sistematização de práticas em pedagogia do teatro – componente curricular obrigatório, do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal da Bahia – durante o semestre regular remoto de 2021.1.  Para tanto, destaco alguns aspectos da lei 11.645/08, que além de tornar obrigatório na matriz curricular da educação básica o ensino da história e da cultura negra, incluiu também o ensino da história e cultura indígena no Brasil. Como estímulo-provocação, foram propostas a leitura e discussão de textos relacionados ao ensino da cultura e história indígena no Brasil e sobre como trazer para a prática da sala de aula de teatro – na educação básica e no ensino superior – elementos desta cultura. A Bahia tem um percentual de população indígena expressivo, principalmente no sul do estado, porém ainda é possível verificar a ausência de conhecimento mais embasado acerca do conceito de povo indígena/etnia. Muitos equívocos têm sido herdados no que se refere à identidade, à invisibilidade, à perda de direitos e ainda à existência de preconceito contra os povos indígenas brasileiros. Como eixo de reflexão e discussão, o conceito de identidade relacional/construtivista de  Fredrik Barth e os suportes teóricos a partir do livro organizado por Célia Collet, Mariana Paladino, Kelly Russo (2014); da Revista História hoje – Dossiê ensino de história indígena, ANPUH, Brasil (2013); e da tese de doutorado de Ana Carolina Fialho de Abreu, intitulada,  HÔXWA E LLAMICHU: jogos cômico-críticos para o ensino de teatro e das histórias e culturas indígenas –  defendida em 2019, no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas, PPGAC-UFBA. Como metodologia de ensino proponho a ideia do cruzo de saberes e fazeres a partir da Pedagogia da encruzilhada, de Luiz Rufino (2018).

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